A presidente da Assembleia da República de Moçambique considerou esta quinta-feira que a classificação de “regime autoritário” atribuída pelo Índice de Democracia, elaborado pelo The Economist, deve ter sido feita por “pessoas que não devem conhecer muito bem” o país.

Segundo o Índice de Democracia, que é elaborado anualmente pelo The Economist, a posição de Moçambique, que em 2017 ocupava a 115.ª posição em 167 países avaliados e era considerado um “regime híbrido”, caiu, em 2018, para a 116.ª posição, passando a ser classificado como “regime autoritário”.

Devem ser pessoas que não conhecem muito bem Moçambique, seguramente. Na Assembleia da República as sessões são abertas, são cobertas”, disse Verónica Macamo Dhlovo aos jornalistas, antes do início da VIII Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), a decorrer na capital de Cabo Verde.

A parlamentar reconheceu que, “há algum tempo”, o país tinha “um problema de vedar a participação da imprensa quando se tratava de análise de petições”.

“Mas era para proteger as pessoas envolvidas, porque em alguns casos se chega à conclusão que aquele problema não era um problema”, explicou.

Segundo o The Economist, a alteração de classificação de Moçambique foi motivada pelas “disputadas eleições locais de outubro, que arriscam desestabilizar o processo de paz em curso entre o partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique [Frelimo] e o partido da oposição armada, a Resistência Nacional Moçambicana [Renamo]”.

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