O Conselho de Ministros deliberou esta quinta-feira que o Quartel do Monte Pedral, localizado entre as ruas da Constituição, Serpa Pinto e Egas Moniz, fosse devolvido à Câmara Municipal do Porto, sem implicar qualquer contrapartida. Em conferência de imprensa, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, anunciou que o “projeto [é] importante para a cidade” e “que resulta de um acordo histórico com o Governo”, como se podia ler na convocatória.

Com uma área de 25 mil metros quadrados (equivalente a duas Avenida dos Aliados), o Quartel do Monte Pedral representa um valor de mercado de 50 milhões de euros, no qual será desenvolvido aquele que, para o executivo, será “o maior projeto de habitação para arrendamento acessível lançado em Portugal”.

Serão construídos entre 370 a 400 apartamentos com várias tipologias e “uma renda acessível para a classe média”, residências para estudantes, “com mais de 100 habitações”, comércio, serviços e estacionamento. Um total de 50 mil metros quadrados de área de construção que prometem trazer mais de mil novos residentes.

Perante as carências e necessidades de habitação na cidade este é, segundo Rui Moreira, “provavelmente o terreno mais importante” que o município poderia reaver, “não só pela sua dimensão, mas também pela sua localização particularmente
interessante”.

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Desde 1997 que a autarquia trabalhava junto do Estado no sentido de encontrar soluções para um património histórico, que estava cedido pelo município desde 1904, e que agora encontra um novo destino.

Rui Moreira salienta ainda a colaboração com o Governo, afirmando que “há, de facto, uma excelente relação”, sublinhando exemplos de cooperação em matérias como a Sociedade de Reabilitação Urbana, as obras no Liceu Alexandre Herculano ou a
empresa Municipal de Cultura.

O modelo de financiamento e concurso público está ainda por decidir e dele dependerá a data de conclusão da obra. No entanto, Moreira acredita que “daqui a dois anos e meio, três anos” estas habitações possam estar concluídas.