O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, disse esta sexta-feira à agência Lusa que uma intervenção na linha ferroviária “é ver para crer”, na sequência da inscrição de 200 milhões de euros no Plano Nacional de Investimentos 2030. O projeto de ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura é um dos 72 projetos que fazem parte do Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, do Governo, hoje entregue no parlamento, e tem previsto um investimento de 200 milhões de euros para a sua realização.

Questionado pela agência Lusa sobre o montante inscrito e a intenção de intervir na Linha de Cascais, o presidente da autarquia, Carlos Carreiras (PSD), respondeu que “de boas intenções está o inferno cheio”. “Todas as intenções de investimento são bem-vindas, mas de boas intenções está o inferno cheio. No caso da Linha de Cascais, mais do que intenções é preciso que se faça. E este Governo perdeu três anos”, pode ler-se numa resposta escrita enviada à Lusa.

O autarca recordou ainda que em 2009 “foi anunciado um concurso para compra de carruagens para a Linha de Cascais que caiu logo após as eleições”. “Além de que esta promessa de investimento apresentada pelo Governo só irá concretizar-se depois de 2030. Ou seja, ainda vão decorrer três legislaturas, pelo menos. A Linha de Cascais não vai aguentar todo este tempo de espera”, referiu Carlos Carreiras.

Para o responsável, a solução passaria também por aproveitar mais faixas da Autoestrada 5 (A5). “O Governo também não menciona alternativa pendular para Lisboa, nomeadamente o aproveitamento de mais faixas dedicadas na A5, opção que exigiria muito menos tempo (seria concretizada na próxima legislatura) e dinheiro”, acrescentou.

O Governo enviou e ao parlamento o Programa Nacional de Investimentos 2030, que conta com 72 projetos num investimento de 21.950 milhões de euros.

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