O Governo brasileiro disse esta quinta-feira que não exercerá o poder de veto no acordo entre a empresa aeronáutica norte-americana Boeing e a brasileira Embraer, para a criação de uma nova empresa de aviação comercial.

O Presidente [Jair Bolsonaro] foi informado de que foram avaliados minuciosamente os diversos cenários e que a proposta final preserva a soberania e os interesses nacionais. Diante disso, não será exercido o poder de veto ao negócio”, afirma o comunicado emitido pelo Governo do Brasil, acrescentando que a decisão foi tomada após uma reunião que decorreu esta quinta-feira no Palácio do Planalto, em Brasília.

Em julho passado, a Boeing e a Embraer, que é a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo e líder no segmento de aeronaves para voos regionais, assinaram um acordo preliminar para a formação de uma ‘joint venture’, uma nova empresa na área de aviação comercial, avaliada em 4,75 mil milhões de dólares (cerca de 4,17 mil milhões de euros).

Porém, as negociações entre as duas empresas estiveram paralisadas por ordem da justiça brasileira. O acordo precisava da aprovação do Governo brasileiro, que é dono de uma ‘golden share’ (ação especial), que dá poder de veto em decisões estratégicas sobre a Embraer, como a transferência do controlo de ações da empresa.

A Embraer mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, distrito de Lisboa.

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