A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição em Moçambique, reúne-se a partir desta terça-feira em congresso para decidir a sucessão do líder histórico, Afonso Dhlakama. Durante o congresso, que se prolonga até quinta-feira, no distrito da Gorongosa, a Renamo deverá igualmente traçar estratégias para as eleições gerais de outubro próximo, que ocorrem sem o tradicional candidato, Afonso Dhlakama, que morreu em maio passado, disse esta segunda-feira à Lusa fonte do partido.

“Está tudo apostos para o arranque do 6.º Congresso do partido”, disse José Manteigas, porta-voz da Renamo, assegurando várias delegações províncias já se encontravam numa das bases do movimento, que vai acolher o evento. Cerca de 700 delegados e convidados são esperados neste congresso, acrescentou José Manteigas, adiantando que “vários partidos irmãos (estrangeiros) foram convidados”.

Nesta terça-feira, serão conhecidos os candidatos à sucessão de Afonso Dhlakama, quando forem depositadas as candidaturas ao gabinete eleitoral, frisou José Manteigas. Três nomes são atualmente apontados como possíveis sucessores de Afonso Dhlakama, sendo um dos possíveis candidatos Elias Dhlakama, irmão mais novo de Afonso Dhlakama, que até outubro de 2018 servia no exército.

Outro possível candidato é Ossufo Momade, que dirige de forma interina o partido. O terceiro nome apontado para sucessão de Afonso Dhlakama é de Manuel Bissopo, atual secretário-geral do partido, que, à semelhança dos outros dois, já manifestou o interesse de concorrer ao cargo.

Desde o início da tarde desta segunda-feira que se registam chuvas fortes no distrito de Gorongosa, sobretudo na região da serra, mas as condições climatéricas não deverão dificultar o evento, segundo a organização.

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