Espanha “vai muito provavelmente sair do procedimento por défice excessivo em março próximo”, declarou esta segunda-feira em Paris o comissário europeu dos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici.

Viramos assim a página muito dolorosa da crise de 2008 e dos défices excessivos provocados pela crise financeira de 2008″, afirmou, em conferência de imprensa, o comissário europeu, referindo-se ao facto de a Espanha ser o último país da zona euro ainda sob procedimento por défice excessivo (PDE).

Em 2017, Espanha respeitou pela primeira vez o seu objetivo de redução do défice público sem renegociação com Bruxelas durante o ano, baixando-o para 3,07% do Produto Interno Bruto (PIB), e o objetivo para 2018 era de 2,2%, tendo o novo Governo socialista de Pedro Sánchez revisto em alta a meta, para 2,7%, ainda assim abaixo da “fasquia” dos 3% do PIB prevista no Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Em 2011, no “pico” da crise, 24 dos 28 Estados-membros da União Europeia encontravam-se sob procedimento por défice excessivo, entre os quais Portugal, cujo PDE foi encerrado em julho de 2017, ao cabo de oito anos.

Na mesma conferência de imprensa desta segunda-feira em Paris, Pierre Moscovici admitiu todavia que, mesmo que deixe de haver países sob procedimento por défice excessivo, o executivo comunitário vai continuar a “seguir de perto” a situação orçamental de Itália, França, Grécia e Espanha.

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