Em Portugal há 33 unidades hospitalares com infraestruturas para poderem receber helicópteros de emergência médica, mas dez delas estão impedidas de receber voos de emergência noturnos, do INEM ou da Força Aérea, por não responderem aos requisitos necessários. Um desses hospitais é o de Santa Maria, em Lisboa — que usa os hospitais militares locais para poder receber os pacientes que chegam por helicóptero.

A notícia é avançada (apenas disponível na versão paga) na edição desta terça-feira do Jornal de Notícias que escreve também que ainda há duas semanas, um doente com destino ao Hospital Garcia da Orta (Almada) que vinha num voo de emergência noturno, teve de aterrar num campo de futebol devido ao mesmo constragimento. Além destas duas unidades hospitalares, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) proibiu ainda a aterragem de voos noturnos nos hospitais São Francisco Xavier (que também serve a região de Lisboa), o de Santarém, Tomar, Mirandela, Covões (Coimbra) e Nélio Mendonça (Funchal). Os hospitais de Lamego e de Guimarães não têm sequer certificação geral dos seus heliportos.

A autoridade que supervisiona a aviação civil em Portugal aponta a falta de sinalização luminosa e da inspeção regular a que têm de estar sujeitos os heliportos. Quanto aos hospitais que ainda não têm certificação, a ANAC explicou ao jornal que em Guimarães isso acontece porque o heliporto “não reúne as condições para a operação”, pelo que o hospital “ainda aguarda certificação”. Já quanto ao de Lamego, esse processo não foi sequer iniciado junto da ANAC. O centro hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro justificou ao jornal que a certificação não será pedida tendo em conta que o hospital presta serviços de urgência básica.

No caso do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, os helicópteros que chegam à noite com pacientes em emergência médica têm procurado as bases aéreas de Figo Maduro ou da Academia Militar para contornar o problema.

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