O papa Francisco defendeu esta terça-feira um humanismo “fraterno e solidário” contra uma cultura que é hostil a homens e mulheres, aliada à “prepotência do dinheiro”.

Esta visão pessimista da atualidade está na carta que o papa escreveu para assinalar os 25 anos da Pontifícia Academia para a Vida, traduzida na ideia de que “a paixão pelo humano, por toda a humanidade, está neste momento histórico em sérias dificuldades”.

O líder da Igreja Católica considerou que é “tempo de relançar uma nova visão de humanismo fraterno e solidário das pessoas e dos povos”.

“A desconfiança recíproca entre os indivíduos e os povos alimenta-se da procura desmesurada dos interesses de cada um e de uma competição exasperada, não isenta de violência”, enquanto “a alegria das relações familiares e da convivência social perdeu valor”.

Francisco apontou que a “obsessão pelo bem estar próprio” separou os indivíduos da comunidade humana, numa “anti-cultura de indiferença perante a comunidade: hostil aos homens e às mulheres e aliada à prepotência do dinheiro”.

Parte da culpa cabe ao “sistema económico e à ideologia do consumo, que escolhem as nossas necessidades e manipulam os nossos sonhos, sem ter em conta a beleza da vida partilhada e a habitabilidade da casa comum”, considerou.

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