A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) reúne-se a partir desta terça-feira em congresso, no distrito de Gorongosa, província de Sofala, encontro que vai eleger o sucessor do falecido líder do principal partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama.

A reunião junta 700 delegados do partido, além de 300 convidados, e prolonga-se até quinta-feira.

Já anunciaram a candidatura ao cargo de secretário-geral da Renamo Manuel Bissopo, Elias Dhlakama, general na reserva e irmão de Afonso Dhlakama, e Hermínio Morais, um antigo comandante da guerrilha do partido.

O coordenador da Comissão Política da Renamo, que assume interinamente a liderança do partido desde a morte de Afonso Dhlakama, ainda não anunciou se se vai candidatar ao cargo.

O novo líder da Renamo será automaticamente candidato do partido às eleições presidenciais deste ano, que vão decorrer em simultâneo com as legislativas e provinciais.

Os três candidatos até agora conhecidos têm em comum o fato de terem feito parte da guerrilha que lutou contra as forças governamentais, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, durante a guerra civil de 16 anos, que terminou em 1992, após a assinatura do Acordo Geral de Paz.

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Manuel Bissopo já foi a votos pelo partido em duas eleições autárquicas, que perdeu, uma para o município de Dondo e outra no município da Beira, capital da província de Sofala.

Elias Dhlakama é um general na reserva das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), às quais se juntou no âmbito da formação do exército único entre a guerrilha da Renamo e as forças governamentais.

Hermínio Morais foi candidato derrotado nas eleições autárquicas de 10 de outubro do ano passado, em Maputo, e é membro da assembleia municipal da capital.

Morais foi comandante da guerrilha da Renamo durante a guerra civil.

Afonso Dhlakama morreu a 03 de maio do ano passado vítima de doença, depois de 40 anos na liderança do partido.