Recuemos 10 anos. Em 2008, a Renault arriscou surpreender tudo e todos ao apresentar aquilo a que chamou “Estratégia Zero Emissões”. Seria uma loucura à época, a que o tempo veio dar razão. Quatro anos depois, o construtor gaulês tinha (efectivamente) no mercado quatro produtos 100% eléctricos, do Fluence ao Kangoo, passando pelo quadriciclo Twizy e pelo Zoe. Este último, sobretudo, veio confirmar que a estratégia da Renault – de antecipar-se à concorrência – tinha sido certeira. E a prova disso é que o compacto francês se impôs como o eléctrico mais vendido na Europa. Mais seria impossível, porque só era vendido no Velho Continente – ao contrário do Nissan Leaf, que nunca conheceu fronteiras.

Agora, pouco mais de uma década depois do passo inaugural, a Renault confirma estar focada na electrificação. Em entrevista, Uwe Hochgeschurtz, director-geral da marca na Alemanha, avança que o construtor gaulês está neste momento a trabalhar em oito modelos electrificados, que chegarão aos concessionários num horizonte de três anos. O Clio, cuja quinta geração deverá ser conhecida dentro de mês e meio, no Salão de Genebra, é um deles. “Dentro de pouco tempo”, terá seguramente uma versão híbrida, adiantou Hochgeschurtz.

Já quanto ao Twingo, Uwe é igualmente taxativo, garantindo que (por enquanto) ainda não está a ser equacionada qualquer variante eléctrica, contrariamente àquilo que a Mercedes propõe com o “gémeo” Smart Fourfour.

Ainda de acordo com este responsável, a estratégia da Renault está bem definida: variantes híbridas plug-in para os modelos de maior volume; eléctricos com baterias de diferente capacidade (autonomia e preço); e diesel como aposta para manter no domínio dos comerciais ligeiros e transporte de mercadorias.

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