A Amnistia Internacional (AI) incentivou esta quarta-feira Vanuatu e as ilhas Fiji a pedirem à Austrália o fim da política de detenção de migrantes nos países do Pacífico, durante a visita do primeiro-ministro australiano, Scott Morrison.

A Organização não Governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos indicou que mais de mil refugiados e requerentes de asilo permanecem retidos em “prisões ao ar livre” em Nauru e na ilha Manus, na Papua-Nova Guiné, e acusou a Austrália de ter criado uma “crise regional” no Pacífico.

“Nas reuniões com Morrison, os Governos de Vanuatu e das Fiji devem questionar esta crise humanitária e pedir ao Governo australiano que ponha fim a esta política de detenção abusiva de uma vez por todas”, sublinhou a responsável da AI no Pacífico, Roshika Deo, em comunicado.

“Desde requerentes de asilo às alterações climáticas, as ilhas do Pacífico têm a oportunidade de mostrar liderança ao rejeitar as ações negativas da Austrália na região”, acrescentou.

Morrison, que visita Vanuatu até quinta-feira, é o primeiro líder australiano a fazê-lo desde 1990. Segue depois para as Fiji, onde ficará até sexta-feira.

A viagem insere-se na tentativa de Camberra de contrariar a crescente influência da China na região, que começou no ano passado com promessas de investimento e financiamento de infraestruturas, o arranque de missões diplomáticas e o aumento da presença militar.

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