Um relatório da Autoridade de Inspeção Geral, que supervisiona a atividade do governo federal norte-americano, indicou que o número de crianças detidas pelos EUA junto da fronteira com o México pode ser muito superior ao que tem sido referido pelas autoridades norte-americanas.

O governo dos EUA adiantou que, até dezembro de 2018, tinham sido detidas 2737 crianças após terem atravessado a fronteira de forma ilegal, levadas pelos seus pais ou por outros adultos. No entanto, o relatório publicado esta quinta-feira indica que o número verdadeiro pode exceder em “milhares” aquele que foi até agora anunciado.

“O número total de crianças separadas dos pais ou de um encarregado de educação pelas autoridades para a imigração é desconhecido”, lê-se no relatório. “Milhares de crianças podem ter sido separadas durante um período de entradas que começou em 2017, antes de serem registadas pelo Tribunal do Distrito Federal. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos tem tido dificuldades em identificar crianças separadas.”

O Tribunal do Distrito Federal ordenou que fossem monitorizados todos os casos de crianças detidas na fronteira, numa ordem judicial emitida a 26 de junho de 2018. O que o relatório indica é que, naquele altura, o sistema de rastreio era “informal” e feito para “fins operacionais e não para relatórios retrospectivos”.

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