A polícia húngara divulgou fotografias (escurecidas na zona do rosto) da detenção do hacker português Rui Pinho, envolvido no caso do roubo dos e-mails de funcionários do Benfica. As autoridades relatam ter efetuado a deteção esta quarta-feira, 16 de janeiro, às 17h de Budapeste — um dia depois da emissão de mandado de captura europeu. A polícia húngara diz ainda ter procurado objetos suspeitos na posse do hacker e afirma que o processo de extradição para Portugal está “a decorrer”.

Esta quarta-feira, a Procuradoria-geral da República (PGR) emitiu um comunicado onde refere a detenção de um homem de 30 anos sobre o qual tinha sido emitido um mandado de detenção europeu. A PJ recusou ligar já Rui Pinto ao ataque à sociedade de advogados PLMJ e estima que dentro de “três semanas a um mês” o hacker estará em Portugal. O Benfica ofereceu “todo o seu contributo” à investigação e defende que sejam apuradas as “motivações” do hacker português.

O diretor da Unidade de Combate ao Cibercrime Carlos Cabreiro já tinha confirmado esta quarta-feira que a detenção fora efetuada pelas autoridades húngaras. Carlos Cabreiro disse ainda que os inspetores da PJ já seguiam “há algum tempo” as pisadas do hacker. Estavam, aliás, presentes no momento da detenção. O hacker poderá agora ser extraditado para Portugal, mas esse passo dependerá da sua vontade. “Ele pode opor-se à extradição e, se o fizer, o tribunal na Hungria terá de analisar o que ele pede”, disse ao jornal Público o advogado de Rui Pinto, Aníbal Pinto.

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