O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, afirmou esta quinta-feira que a equipa vai fazer uma segunda volta da I Liga de futebol melhor do que a primeira, em vésperas da deslocação a Chaves.

O técnico delineou esse objetivo, lembrando que a equipa “não esteve tão bem” como desejava no arranque do campeonato.

Acho que vamos fazer uma segunda volta melhor do que a primeira. O nosso início não foi tão bom como eu esperava. Depois de oito jornadas, passámos a estar um bocadinho melhor em alguns momentos do jogo em que tivemos dificuldade no início. Coisas que não eram habituais no ano passado. Não querendo ser a cópia da equipa que fomos no ano passado, tínhamos como base muito daquilo que fazíamos bem feito no ano passado e não estávamos a fazer”, referiu, em conferência de imprensa.

Relativamente à visita ao reduto do Desportivo de Chaves, Sérgio Conceição admitiu que espera um jogo “tradicionalmente difícil frente a uma equipa que mudou pouquinho” depois da troca de treinadores – saiu Daniel Ramos e entrou Tiago Fernandes.

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Não esperamos um jogo fácil. Esperamos um jogo complicado, perante uma equipa que necessita de pontos para sair da posição desconfortável em que está. A motivação de quem defronta os campeões nacionais é grande. As equipas estão sempre super motivadas quando jogam contra nós e, muitas vezes, mudam a forma como atuam, quer a nível estrutural, quer das zonas do campo que ocupam. Temos de saber tornear esses problemas e ir à procura do que é fundamental para nós, e que é a conquista dos três pontos”, referiu.

O FC Porto é líder isolado da I Liga, cinco pontos à frente do Benfica, já os flavienses dividem o último lugar com o Desportivo das Aves.

Sérgio Conceição foi ainda confrontado com a escassa utilização dos reforços João Pedro (três jogos realizados) e Jorge (três) e com a resposta que “as supostas segundas linhas deram na última terça-feira” frente ao Leixões, para a Taça de Portugal. O treinador não aceitou o conceito de segundas linhas e garantiu que o ex-Palmeiras está lesionado.

O João Pedro não treina há três semanas, desde que fez o último jogo e saiu magoado num jogo da equipa B. Não posso usar um jogador condicionado. Quanto à utilização do Militão à direita, são situações trabalhadas e existem jogadores polivalentes, que podem fazer mais do que uma posição com qualidade. Em relação ao comentário das segundas linhas, não concordo. Há jogadores mais utilizados que outros, sim, mas o Corona e o Pepe são segundas linhas? Felipe? Alex Telles? O Fernando, que chegou agora, já fez dois jogos, o André Pereira começou a época a titular. Os jogadores que jogaram têm sido utilizados”, lembrou.

O técnico quis ainda alertar para um outro tema que, na sua opinião, torna o futebol num espetáculo menos apelativo.

“Penso que seria mais interessante falar de outros temas que fazem com que o espetáculo não seja o melhor. Penso que fizemos uma primeira parte de bom nível contra o Leixões. Não foi espetacular, porque jogámos num campo cheio de areia. Os jogadores tinham dificuldades em controlar a bola de primeira, precisaram de dar mais um toque. Depois, em seis ou sete minutos, já havia 12 ou 15 faltas. É um exagero e é importante falar disso. Não tenho nada contra o Hugo Miguel ou contra o Capela. Gostava era de ter sempre os melhores a apitar. Um bom maestro faz a orquestra funcionar bem. A orquestra são os jogadores e o maestro é o árbitro. Se o maestro está sempre a interromper, a música não se ouve com qualidade”, referiu ainda.

O FC Porto, líder isolado da I Liga, desloca-se na sexta-feira ao terreno Desportivo de Chaves, último classificado, numa partida relativa à 18.ª jornada da I Liga de futebol.