O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, reafirmou este sábado que o Governo do PS — apoiado pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda — provou ser possível inverter a austeridade da coligação PSD/CDS-PP sem sair do euro nem da Europa. “Sim, provámos que é possível”, disse Costa.

“Aqui não é uma questão de otimismo ou pessimismo, é mesmo uma questão de determinação. Porque há três anos aquilo que nos diziam é que não tinham escolhas: ou nos subjugávamos à austeridade e nos podíamos manter na Europa e no euro — e tínhamos de manter os salários cortados e as pensões cortadas e um enorme aumento de impostos sem alteração — ou então para romper com a austeridade tínhamos de sair do euro e da Europa”, recordou António Costa.

O primeiro-ministro, no entanto, salientou que o Governo conseguiu demonstrar o contrário. “Aquilo que conseguimos provar, em três anos é que foi possível devolver os salários, devolver as pensões, aumentar as prestações sociais , começar a recuperar do grande desinvestimento que foi feito no Serviço Nacional de Saúde, aumentar o investimento na escola publica , fazer uma diminuição significativa da tributação sobre os salários, fazer dois aumentos extraordinários das pensões mais baixas”, salientou António Costa.

O secretário-geral do PS — que falava em Castelo Branco, no encerramento da convenção regional “Que Europa no futuro da tua região”, enquadrada na campanha socialista para as eleições europeias — disse que, apesar dessas medidas, o Governo ainda apresentou bons resultados nas contas públicas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Apesar disso conseguimos ter o défice mais baixo da nossa democracia e estamos a reduzir a nossa dúvida publica. (…) E nós não só não saímos da zona euro como temos o nosso ministro das Finanças a presidir à zona euro. Sim, provámos que é possível e é isso que temos de continuar a fazer”, disse o primeiro-ministro.

António Costa defendeu ainda a mobilização em torno da defesa da União Europeia (UE) e disse que para existirem territórios com menores assimetrias e sociedades mais coesas é fundamental que própria UE proteja Portugal.

“Nós temos mesmo que nos mobilizar para defender a União Europeia. Porque se nós queremos regular a tal globalização, se queremos criar universidades cada vez mais modernas, empresas cada vez mais competitivas, sociedades cada vez mais coesas, territórios cada vez com menores assimetrias, nós precisamos da UE. É esse apoio da União Europeia que nós precisamos”, afirmou.