As Forças Armadas Angolanas (FAA) vão dar prioridade à formação e reequipamento da Força Aérea Nacional (FAN), tendo em vista a progressiva modernização, afirmou esta segunda-feira o chefe do Estado-Maior General de Angola.

Segundo o general Egídio de Sousa Santos, que falava nas cerimónias do 43.º aniversário da FAN, que decorreu no Lubango (província da Huíla), a aposta vai permitir “garantir a necessária operacionalização” das unidades militares. “O mundo hoje apresenta-se bastante volátil e imprevisível, onde as relações entre Estados nem sempre obedecem aos princípios da igualdade, respeito mútuo e reciprocidade de vantagens”, referiu, citado pela agência noticiosa angolana Angop.

Nesse sentido, o militar defendeu a necessidade de se assumir uma atitude cada vez mais responsável no planeamento e execução dos programas de preparação para combate, nos exercícios e treinos de comando, na correta manutenção do armamento e técnica, na elevação da disciplina, organização e vigilância, assim como da prontidão.

“É crucial a continuação do processo de reestruturação e modernização do ramo, investindo na sua potenciação permanente com meios técnicos e de armamento moderno que possam garantir a defesa efetiva do espaço aéreo nacional nas sub-regiões geoestratégicas a que Angola pertence”, explicou.

Egídio de Sousa Santos sublinhou que a data de 21 de janeiro de 1976, dia em que foi criada a antecessora da Força Aérea Nacional, “traduz a coragem, sentido de Estado e extraordinária visão estratégica do [então] Presidente António Agostinho Neto sobre o contexto geopolítico, marcado na altura pela guerra fria”.

O CEMG das FAA acrescentou que o surgimento da FAN está “intimamente ligado a todo processo de transformações operadas logo nos primeiros anos da independência” do país. “A criação da FAN visou tornar o sistema defensivo mais forte e capaz de dar resposta às incursões armadas vindas do exterior e a bolsas de desestabilização internas implantadas em várias parcelas do território nacional”, disse. Egídio de Sousa Santos não adiantou, porém, qual o equipamento militar que irá modernizar a Força Aérea angolana.

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