Um comerciante foi assassinado no povoado de Maganja, no distrito de Palma, na sequência de um novo ataque de grupos desconhecidos na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, disseram esta segunda-feira à Lusa fontes locais.

O ataque ocorreu por volta das 20h00 (18h00 de Lisboa), quando um grupo desconhecido invadiu a propriedade da vítima, para horas depois a decapitar e incendiar o estabelecimento, disseram as fontes.

O grupo ateou fogo também a duas viaturas da vítima, além de roubar alimentos do estabelecimento situado em Maganja, que fica a cerca de 20 quilómetros da sede distrital, acrescentaram as fontes.

Na mesma noite, o grupo terá invadido um centro de saúde local para roubar medicamentos.

A situação só foi controlada com a chegada das Forças Armadas, por volta das 4h00 (2h00 de Lisboa), depois de o grupo ter destruído várias casas e ferido mais uma pessoa.

Aumentam ataques de grupos radicais em Moçambique

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A Lusa contactou o departamento de comunicação da Polícia moçambicana em Cabo Delgado, que remeteu o assunto para o Comando Geral.

O ataque aconteceu a cerca de sete quilómetros da zona em que estão a ser construídos empreendimentos no âmbito do projeto de exploração de gás natural na região da multinacional Anadarko.

Grupos armados até agora desconhecidos têm realizado atos de violência em vários distritos da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, desde outubro de 2017, tendo causado pelo menos 100 vítimas mortais, segundo dados oficiais.

Em dezembro, o Ministério Público (MP) de Moçambique juntou mais cinco nomes à lista de cerca de 200 pessoas que estão em julgamento acusadas de estarem envolvidas nos ataques armados em Cabo Delgado.