O primeiro-ministro salientou esta quinta-feira que foi o seu Governo quem solicitou a auditoria à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e quem pediu à administração do banco público para se constituir como assistente em processo crime. António Costa referiu-se à polémica em torno da divulgação de uma versão preliminar da auditoria da consultora EY à CGD após ter visitado o espaço da “Ephemera”, Arquivo e Biblioteca José Pacheco Pereira, no Barreiro.

Perante os jornalistas, neste ponto relativo ao passado da gestão do banco público, o líder do executivo começou por criticar indiretamente a oposição, dizendo “estranhar que muitos dos que falam atualmente na auditoria, quando estiveram no Governo, não a pediram”. “O Governo determinou à CGD que essa auditoria fosse feita” contrapôs.

António Costa declarou também que o seu Governo “deu indicações à Caixa para que se constituísse assistente no processo crime de forma a poder exercer os direitos que tem, sendo ressarcida de danos que tenha sofrido”. “Depois, a CGD pode e deve agir tendo em vista, do ponto de vista cível, recuperar e exercer os seus direitos. Essa foi a orientação dada pelo Governo à CGD e que a Caixa concretizou”, acrescentou o primeiro-ministro.

Esta quinta-feira, a consultora EY afirmou-se apenas vinculada ao relatório final da auditoria à CGD que emitiu em junho de 2018, pelo que documentos como a versão preliminar divulgada esta semana “não devem ser considerados”.

“O relatório final da EY respeitante à auditoria independente aos atos de gestão da CGD no período de 2000 a 2015 foi emitido no dia 27 de junho de 2018. À exceção do relatório final, todos os demais documentos produzidos pela EY respeitantes à referida AIAG [auditoria] não devem ser considerados, por configurarem documentos de trabalho, terem áreas em aberto, estarem em atualização permanente, e por possuírem informação parcial, provisória, não verificada ou em validação”, sustenta a consultora num esclarecimento divulgado esta quinta-feira.

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