Durante anos, a Toyota apostou nos híbridos para cortar um pouco do consumo aos seus veículos, para depois recorrer aos híbridos plug-in para reduzir um pouco mais os consumos e, por consequência, as emissões. Em termos de veículos eléctricos, os nipónicos nunca acreditaram nas versões alimentadas a bateria, concentrando-se nos que se movem graças à electricidade gerada a bordo por uma célula de combustível a hidrogénio.

A aposta da Toyota fazia todo o sentido, mas há anos que se percebeu que não só a tecnologia ainda não está madura – para as células de hidrogénio serem produzidas em quantidade e a preço competitivo –, como os países não estavam eufóricos com a ideia de criar uma rede para produzir hidrogénio num grau de pureza elevadíssimo e muito menos distribuí-lo em massa. Vai daí, a marca japonesa lá teve de se virar para as baterias, apesar de aproveitar todas as ocasiões para chamar a atenção para as limitações da tecnologia.

Nos últimos dias, a Toyota anunciou uma parceria para produzir baterias e células, com a Panasonic, a mesma que possui uma parceria com a Tesla na fábrica dos EUA, o que não configurará bem uma traição, mas sim um caso de “troca de casais”, uma vez que também a Tesla revelou que iria trabalhar com outro fornecedor na Gigafactory que está a construir na China.

Mas mais interessante do que a parceria para a produção de células e packs de baterias, em que a Toyota detém 51%, foi uma conferência de imprensa nos EUA, onde os japoneses discursaram sobre o futuro da mobilidade eléctrica, aparentemente já sem tantas críticas. Num dos slides projectados, com a oferta de veículos a bateria que irão estar no mercado em breve, o fabricante deixou escapar que vai surgir um Toyota EV em 2021 e que pensa ter um mínimo de 10 modelos eléctricos a bateria na primeira metade da década.

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