O presidente norte-americano anunciou esta sexta-feira que chegou a um pré-acordo para levantar o “shutdown” durante três semanas, até ao próximo dia 15 de fevereiro. O funcionamento dos departamentos que têm estado paralisados há 35 dias vai assim retomar, enquanto continuam as negociações no Congresso para um acordo definitivo.

A notícia foi avançada pelo jornal Washington Post  e entretanto confirmada pelo próprio Donald Trump, numa declaração ao país esta sexta-feira na Casa Branca.

“É com orgulho que anuncio hoje que chegámos a um acordo para acabar a paralisação e reabrir o governo federal”, disse. Estava assim confirmada a suspensão temporária do maior “shutdown” da história — iniciado há já 35 dias por causa dos 5,7 mil milhões de dólares que Trump quer vincular ao Orçamento do Estado para construir o muro na fronteira com o México. Para já, o acordo para a suspensão temporária da paralisação não passa por afetar nenhuma verba do Orçamento à construção do muro.

Segundo aquele jornal, os desenvolvimentos aconteceram depois de os líderes do Senado se terem mobilizado esta sexta-feira em torno de um acordo de curto prazo para acabar com a paralisação parcial, que está a afetar cada vez mais, entre outras coisas, os principais aeroportos do país e a impedir cerca de 800 mil funcionários do Estado de receberem ordenado.

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O impasse devia-se ao facto de Donald Trump não deixar passar nenhuma lei que não incluísse os 5,7 mil milhões de dólares necessários para o muro, que foi a sua maior bandeira da campanha eleitoral. Os democratas, que têm maioria na Câmara dos Representantes, contudo, sempre recusaram afetar essa verba. “Como todos sabem tenho uma alternativa muito poderosa mas não a vou usar desta vez”, disse Trump.

Falando a partir da Casa Branca, Trump confirmou o acordo para levantar o shutdown até ao dia 15 de fevereiro, para que as negociações prossigam sem a pressão de estarem a prejudicar diretamente funcionários do Estado. Segundo Trump, os funcionários do governo federal que têm sido diretamente prejudicados pela paralisação vão receber a totalidade dos salários em atraso.