A carga movimentada nos portos portugueses caiu 4,4% até novembro, para 84,9 milhões de toneladas, face ao período homólogo, com Aveiro e Faro em contraciclo, segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

Esta descida de 3,9 milhões de toneladas “foi muito influenciada pela diminuição da importação de petróleo bruto e carvão”, sendo que há ainda a assinalar “sinais de recuperação ao nível do tráfego de contentores, que registou +0,8% em número e +1,4% no volume de carga contentorizada”, explica o relatório da AMT divulgado esta segunda-feira.

Segundo o relatório, “apenas Aveiro e Faro registaram desempenhos positivos traduzidos por taxas respetivas de crescimento de 6,2% e 74,3%, com Aveiro a manter a melhor marca de sempre, com um volume superior a 5 milhões de toneladas”.

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A maioria das infraestruturas, no entanto, perdeu carga, num total superior a 4,2 milhões de toneladas, com um maior peso em Sines (-2,6 milhões de toneladas), Lisboa (-796 mil toneladas) e Leixões (-496 mil toneladas). Setúbal registou uma queda de 278 mil toneladas.

De acordo com a AMT, os portos têm presença num total de 57 mercados, tendo “31 registado quebras no seu volume, em termos de carga embarcada e desembarcada, num total que excede 6,5 milhões de toneladas, e os restantes registado acréscimos que atingem quase 2,7 milhões de toneladas”.

Por outro lado, no segmento de contentores, a AMT revelou que “o sistema portuário do Continente movimentou cerca de 1,72 milhões de unidades e 2,75 milhões de TEU, correspondentes, respetivamente, a +0,8% e -0,2%, quando comparadas com igual período de 2017, sendo que o número de unidades representa o valor mais elevado de sempre”.

Os mercados com um comportamento mais positivo neste segmento foram o de Sines, com a melhor performance de sempre, e Leixões, avançou a entidade. Os restantes portos registaram variações negativas, com especial destaque para Lisboa que perdeu 12,6% e para Setúbal, com uma queda de 13,2%.