A bolsa nova-iorquina encerrou esta segunda-feira em queda, arrastada pelos títulos da Caterpillar e Nvidia e por uma série de anúncios de resultados financeiros inferiores aos esperados, em contexto de perda de velocidade da economia chinesa.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,84%, para os 24.528,22 pontos. Já o tecnológico Nasdaq largou 1,11%, para as 7.085,68 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 0,78%, para as 2.643,85.

Membro relevante do Dow Jones e barómetro da economia internacional, a Caterpillar foi castigado severamente, ao perder 9,13%, depois de revelar estar à espera de uma estagnação do mercado chinês em 2019, um país que representa 10% a 15% das suas vendas de máquinas de construção. O grupo de semicondutores Nvidia, por seu lado, perdeu 13,82% depois de ter revisto em baixa a sua perspetiva de faturação trimestral, devido à desaceleração da economia naquele mesmo país.

“Os anúncios da Caterpillar e Nvidia não eram esperados, o que deu uma tonalidade negativa a este início de semana muito carregada de resultados de empresas”, reagiu Bill Lynch, da Hinsdale Associates.

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Uma série de resultados de grandes empresas é esperada para os próximos dias, designadamente grupos tecnológicos muitos sensíveis à conjuntura da economia mundial.

A Apple abre estas apresentações na terça-feira, quando vive uma crise bolsista e vendas fracas do iPhone, seguida pela Facebook — e o seu cortejo de escândalos — e pela Microsoft. A Amazon apresenta na quinta-feira e a casa-mãe da Google, Alphabet, fecha a ronda em 4 de fevereiro, isto é, no início da próxima semana. Fora do setor tecnológico, a Boeing, a Pfizer, a General Electric e a Chevron devem apresentar as suas contas trimestrais durante esta semana.

Os comentários ligados à economia chinesa são escrutinados na medida em que a saúde da segunda economia mundial faz parte das principais preocupações dos investidores, enquanto prossegue a guerra comercial com os EUA. A este respeito, os investidores não foram particularmente tranquilizados esta segunda-feira pelo anúncio de uma reunião, durante esta semana, entre Donald Trump e o principal negociador chinês, Liu He, que está em visita a Washington para novas negociações comerciais, segundo o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

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