Uma das medidas mais desejadas do Orçamento do Estado de 2019 para a cultura foi a descida do IVA nos espetáculos de 13 para 6%. O Festival onde se contempla a maior descida de preço é o Nos Alive, onde, por exemplo, o preço do passe para os três dias ficou 10 euros mais barato: antes custava 149 euros, agora 139. Segue-se o Paredes de Coura, que desceu seis euros e, por fim, o Super Bock Super Rock, quatro euros. Contudo, esta benesse não se deu em todos os festivais.  Summer Fest e Vilar de Mouros mantiveram os preços.

IVA dos bilhetes baixou mas nem todos os espetáculos marcados estão mais baratos

A medida só entrou em vigor a 1 de janeiro deste ano e já se tem mostrado bastante positiva. Álvaro Covões, vice-presidente da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) e também responsável pela Everthing Is New que organiza o Nos Alive, disse ao Correio da Manhã que, apesar de ainda ser prematuro avançar com números, verifica-se que “este ano as vendas aumentaram” em relação a0 que é habitual acontecer em janeiro.

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Mas este aumento da venda dos ingressos não se cinge apenas aos Festivais de Verão. Sandra Faria, diretora da Força de Produção, uma produtora de espetáculos teatrais, afirma que este este “foi um janeiro diferente” , já que normalmente este período é um período de quebra, situação que não se verificou este mês.

Álvaro Covões reconhece os benefícios que a medida trouxe, mas considera que ainda há muito caminho pela frente no que toca à área da cultura. “Os números ainda são uma miséria. Cada português só compra em média um bilhete a cada dois anos. Em 2017 venderam-se em Portugal cinco milhões de ingressos para espetáculos ao vivo, o que não é nada”, refere o empresário.

Segundo o mesmo jornal, esta descida de preços causou alguma confusão nas bilheteiras já que nem todas tinham troco disponível, pois vários bilhetes ficaram com preços estranhos — por exemplo, um bilhete de 30 euros ficou a 28,14 euros.