Mais de 1.400 novos alunos vão frequentar o ano letivo 2019, em Luanda, e 56.000 pela primeira vez, mas milhares ainda estão fora do sistema, capital angolana que ganha este ano sete novas escolas, anunciou esta quinta-feira o governo provincial.

“Vamos acolher 141.417 novos alunos nos diferentes níveis de ensino dos quais mais de 56.000 entram pela primeira vez, o sistema contará igualmente com sete novas escolas para as quais peço a sua conservação e manutenção”, disse Sérgio Luther Rescova, governador provincial de Luanda.

Discursando na cerimónia oficial de abertura do ano letivo 2019 (fevereiro a dezembro) em Luanda, o novo governador provincial, empossado no cargo em janeiro, referiu que a capital angolana “aumentou a oferta pública” no ensino, assegurando que as “condições pedagógicas indispensáveis estão criadas” para o arranque das aulas.

E “devemos ao longo do ano letivo reforçar o apetrecho das escolas, particularmente, em relação aos livros para bibliotecas ou espaços de leitura, bem como equipamentos laboratoriais específicos e indispensáveis para os cursos técnicos”, garantiu.

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“O Direito à Educação é também um Direito a um Professor Qualificado” é o lema do ano letivo 2019, em Angola, cujo ato central nacional decorreu na província angolana de Cabinda.

Para Sérgio Luther Rescova, o lema do ano letivo 2019, cujas aulas começam a 01 de fevereiro e decorrem até a primeira quinzena de dezembro, “é muito forte e desafiante” e aponta a necessidade de todas as crianças e jovens “usufruírem de um direito inalienável”.

Por outro lado, adiantou, surge a necessidade de este direito “não poder ser realizado, dignamente, se não com professores qualificados em todas vertentes e domínios”.

“Com efeito, só com um professor qualificado seremos capazes de aferir a qualidade da educação muitas vezes abordada mas nem sempre com a propriedade merecida”, acrescentou.

Johnson Eduardo Mateus de 13 anos, que na ocasião apresentou a mensagem dos alunos da província de Luanda, exortou as autoridades para a necessidade da “construção de novas escolas e atenção especial aos alunos com necessidades especiais”.

Construção de novas escolas, recuperação das que se encontram degradadas, reposição da merenda escolar e reforço das brigadas de segurança escolar foram as solicitações apresentadas José Arsénio, que falou em nome dos pais e encarregados de educação.

Segundo as autoridades, Luanda contou no ano letivo de 2018 com 27.909 professores lecionando em 762 escolas públicas, 1.224 escolas privadas e 1.392 escolas comparticipadas num total de 3.378 escolas de diferentes tipologias.