A China entregou esta quinta-feira a Angola o Instituto Superior de Relações Exteriores, orçado em cerca de 25 milhões de dólares (22 milhões de euros), a maior doação daquele país asiático ao Estado angolano, disse o embaixador chinês em Luanda.

Cui Aimin referiu que o instituto foi construído numa área de quatro hectares e é composto por nove edifícios – administrativo, salas de aulas, auditório, alojamentos para professores e dormitórios para alunos, bem como uma cantina, prevendo-se a formação anual de 600 quadros.

Segundo o diplomata chinês, este instituto “é mais um projeto marcante”, resultado da cooperação na área da educação entre os dois países, salientando que o Governo chinês doou igualmente a Angola duas escolas primárias nas províncias de Luanda e Huambo.

Para o segundo semestre deste ano, indicou Cui Aimin, está prevista a construção de um centro de formação profissional no Huambo, para formar profissionais de diversas áreas.

“O Governo chinês organiza regularmente cursos de formação de curto prazo. No ano passado foram realizadas mais de 30 formações nas áreas da agricultura, finanças, saúde, infraestruturas, comércio, investimento e disponibilizou mais de 200 vagas para Angola”, disse o embaixador chinês.

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Na área da diplomacia, Cui Aimin destacou que o instituto representa o primeiro projeto de cooperação diplomática entre Angola e a China, acreditando que daí sairão os primeiros diplomatas “para trabalhar na frente da diplomacia económica”.

“Eu queria ver os diplomatas formados neste instituto a trabalhar na China, para consolidar e desenvolver a parceria estratégica entre os dois países”, adiantou.

Por sua vez, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Agostinho Van-Dúnem, agradeceu a entrega do projeto, ressaltando que o mesmo representa “o resultado evidente das relações de cooperação entre os dois países”.

“É o resultado do pragmatismo e do benefício que temos estamos a empreender no âmbito das nossas relações”, frisou.

De acordo com Agostinho Van-Dúnem, o instituto garante condições para qualificar os quadros do ministério em todas as áreas necessárias ao bom desempenho daquele órgão do Estado, designadamente a diplomacia, assuntos consulares, administração, recursos humanos, finanças e contabilidade.

“É aqui onde nós vamos garantir a qualidade futura do exercício da nossa atividade político e diplomática”, sublinhou.