Portugal surgiu na rota de um esquema de casamentos por conveniência que serviam para legalizar cidadãos paquistaneses na Bélgica permitindo-lhes a permanência na União Europeia e autorizações de residência. A fraude foi descoberta por uma operação dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras e pelas autoridades belgas, numa investigação que foi coordenada pela Europol.

A notícia é divulgada na edição desta quinta-feira do Jornal de Notícias (notícia só deisponível na edição em papel) que avança que a operação “Amouda” deu origem a 20 detenções, cinco delas em Portugal. Pelo menos cinco de 50 mulheres aceitaram receber dinheiro (5 mil euros) em troca de casamentos com homens paquistaneses em três países diferentes: Portugal, Bélgica e Alemanha. Em causa estão os crimes de associação e auxílio à imigração ilegal, imigração ilegal, falsificação de documentos.

Entre os cinco detidos na região de Lisboa, está uma advogada e também uma mulher suspeita de angariar mulheres para este esquema. Três detidos ficaram em prisão preventiva e dois sujeitos a apresentações periódicas, adianta o jornal que revela ainda que foram dezenas as mulheres angariadas em Portugal, sobretudo residentes em bairros da grande Lisboa e da margem sul.

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