A Polícia Judiciária está em Vila Real a fazer buscas na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), informou a instituição em comunicado enviado ao Observador. Em causa estão suspeitas de fraude entre um protocolo com uma universidade brasileira, avançou o CM. O caso já tinha sido denunciado no Sexta às 9, em 2016, com os chamados “Convénios Luso-Brasileiros”.

A Reitoria e a Administração da UTAD estão a colaborar, desde o início, com a investigação em curso – a qual diz respeito a factos ocorridos antes da sua entrada em funções – facultando todos os elementos solicitados pela Polícia Judiciária”, diz a instituição em comunicado.

O caso em questão remota a 2013 e tem como base irregularidades encontradas no ingresso de estudantes brasileiros, avança o DN. Há cerca de dois anos foi aberto um inquérito no Ministério Público (MP) de Vila Real sobre este desvio de verbas que teria como destino propinas dos estudantes brasileiros, mas nunca chegou a ser pago.

Ao Observador, o reitor da instituição, António Fontainhas Fernandes, confirmou que as buscas ainda estão a decorrer e que a UTAD está a prestar todos os esclarecimentos já que, explica, o MP se envolveu “por participações da própria Universidade”. O reitor afirma que em 2016 pediu uma auditoria aos serviços e que tinha feito uma participação ao MP.

“O caso remonta a uma situação entre 2005 e 2013”, afirma Fontainhas Fernandes, que acrescenta que “o montante das propinas pago pelos estudantes brasileiros nunca deu entrada”, razão pela qual pediu o envolvimento das autoridades.  “Ninguém da reitoria atual é arguido no processo”, garantiu.

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