A Shell tem vindo lentamente a fazer a transição dos combustíveis derivados de petróleo para energias mais limpas, preparando já um futuro em que os limites à poluição irão necessariamente banir os combustíveis fósseis. Através da Shell New Energy, o gigante do petróleo adquiriu a Greenlots, cuja especialidade é produzir supercarregadores e software para gerir sistemas de carga de baterias, tendo sido igualmente a responsável pela montagem da rede de postos de carga no estado de Nova Iorque e da Electrify America, do Grupo Volkswagen.

A Greenlots anunciou recentemente uma parceria com a General Motors, juntamente com algumas das principais redes nos EUA, como a Charge Point e a EVgo. E esta aquisição não é a primeira incursão da Shell pela mobilidade eléctrica, dado que ainda em 2018 fundou a Ample, uma startup que visa criar um sistema móvel para o fornecimento de electricidade a automóveis eléctricos e, anteriormente, já tinha começado a montar a sua própria rede de postos de carga eléctrica, além de comprar redes existentes, como a NewMotion, com mais de 30.000 carregadores na Europa.

Mas a Shell continua a ser, essencialmente, uma empresa petrolífera. Isto nota-se quando alinha com o resto do lobby do petróleo, junto do Governo americano, para acabar com os incentivos aos carros eléctricos, mantendo contudo aqueles destinados aos combustíveis fósseis.

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