Foi notícia quando começou a ficar perto de alcançar o objetivo que o tinha feito nascer: conseguir, numa só foto, mais likes do que a imagem com mais reações positivas de sempre do Instagram — no caso, uma fotografia da manequim Kylie Jenner. Para isso, esse novo perfil daquela rede social precisava que mais de 18 milhões de pessoas pusessem um “gosto” na sua única (até à altura) foto publicada. O que se segue não é grande surpresa: a primeira foto publicada na conta “world_record_egg” — que retratava apenas um ovo, naturalmente — não só ultrapassou os 18 milhões como ainda rebentou com o recorde. Menos de um mês depois de o ovo ter aparecido na Internet, a imagem contava já com mais de 52 milhões de likes.

De 4 de janeiro, data da publicação, para cá, o ovo foi, porém, passando por uma espécie de metamorfose, com a casca a estalar, ficando claro, porém, que, dali não sairia um pinto — muito menos uma borboleta —, mas muito, muito dinheiro. O sucesso da conta de Instagram tinha atraído investidores, interessados em aproveitar uma audiência tão alargada para publicitar as suas próprias marcas, lucrando, assim, do mediatismo inesperado… de um ovo. É que, além dos tais 52 milhões de likes na primeira foto, o “world_record_egg” juntou também quase 10 milhões de seguidores fiéis.

O ovo que bateu Kylie Jenner vai abrir e ideia pode “valer milhões”

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Há alguns dias, especialistas em marketing atiravam para o ar alguns números, estimados a partir dos valores que chegam a ser pagos por posts de determinadas celebridades — diz-se que Kylie Jenner, por exemplo, pode cobrar 1 milhão de dólares (cerca de 900 mil euros) apenas por uma foto. Os mais optimistas diziam mesmo que o negócio podia valer quase 9 milhões de euros — dinheiro que uma qualquer marcar estaria disposta a pagar para ser “a primeira a estalar o ovo”.

No início da semana, a The Atlantic dava como certo que um dos maiores interessados em aproveitar o fenómeno do World Record Egg era o movimento cívico (e político) Need to Impeach, que luta pela destituição do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. Seguiram-se rumores do interesse de várias empresas e de agências ligadas à gestão e ao marketing nas redes sociais.

Este sábado, porém, parece ter acabado o mistério. Numa nova foto, o ovo aparece quebrado, como estava, mas com uma costura a fazer lembrar uma bola de futebol americano. Nada de estranho para um fim de semana de Super Bowl — o momento mais alto do desporto nos EUA e para fãs de todo o mundo —, não fosse outro detalhe: a foto e a legenda têm uma tag (etiqueta) para o Hulu, uma plataforma de streaming que, há algum tempo, quer apostar no mercado dos eventos desportivos, fazendo concorrência aos canais de cabo e a outras plataformas semelhantes, como a Netflix.

“A espera acabou. Tudo será revelado este domingo, a seguir ao Super Bowl. Veja primeiro, só no @hulu”, dizia a legenda.

O Gizmodo diz que ninguém sabe ao certo quanto terá valido o negócio. Tal como ninguém sabe se é (mesmo) o ponto final no mistério do ovo.