É um dos momentos mais bizarros ou constrangedores, consoante a perceção de quem vê, do documentário que continua a dar que falar — pode desatar também alguma simpatia, e na verdade é este sentimento que aqui nos traz. Se assistiu ao mais recente fenómeno da Netflix, Fyre: The Greatest Party That Never Happened, dificilmente esqueceu o contributo do produtor Andy King, que no meio do caos emergiu como um herói involuntário, ou uma estrela em ascensão, com direito a vários memes e tudo.

Disposto a dar o seu melhor para que o desastroso festival funcionasse, King recordou para as câmaras o dia em que o fundador do festival, Billy McFarland, lhe pediu para praticar sexo oral a troco de um carregamento de água Evian retido na alfândega das Bahamas, cenário onde o Fyre estava previsto. É com o maior sentido de dever que Andy, a quem chamaram de “maravilhoso líder gay”, recupera os seus passos, que tinham por objetivo desbloquear um processo que obrigava ao pagamento de 175 mil dólares.

“Quando me pediram para fazer isso, conduzi até casa, tomei um duche, e bocejei a boca com elixir. Dirigi-me ao sítio preparado para fazer aquilo”. Felizmente, os funcionários da alfândega “não podiam ter sido mais simpáticos” e dispensaram o produtor de tal manobra.

Entretanto, a Stereogum adianta que a figura mais disponível do festival ganhou tal protagonismo que pode mesmo vir a ter um programa só seu, ou pelo menos um espaço para dar largas aos seus “15 minutos de fama”. “Só esta semana tive três convites para programas de televisão, de canais importantes”, confirmou. Em todo o caso, King garante que a sangria mediática não irá muito mais adiante. “Não me verão a lançar carteiras ou maquilhagem”, garante.

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