Cinco soldados e três rebeldes morreram no sul das Filipinas num confronto entre o Exército e o grupo extremista Abu Sayyaf, durante uma operação contra os responsáveis pelo atentado na semana passada na catedral de Joló.

Outros dezoito soldados ficaram feridos durante as mais de duas horas do tiroteio que ocorreu no sábado em Patikul, na ilha de Joló, segundo a televisão ABS-CBN.

Na operação, o Exército tentou, sem sucesso, capturar Hajan Sawadjaan, um dos líderes de Abu Sayyaf, que tem sido ligado ao atentado à bomba em Joló, um dos mais mortíferos dos últimos anos nesta região.

A polícia das Filipinas já abatera a tiro no final de janeiro elemento do Abu Sayyaf, em Zamboanga.

O grupo extremista Abu Sayyaf não está ligado ao processo de paz em curso. Especializado em sequestros, o Abu Sayyaf também é acusado dos piores atentados no arquipélago, em particular o realizado contra um ‘ferry’ que causou mais de 100 mortos em 2004.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O ataque em Joló, que causou pelo menos 21 mortos e mais de 100 feridos, pode contrariar anos de esforços de paz que resultaram num recente referendo local, que validou a criação de uma nova região autónoma denominada Bangsamoro.

A 30 de janeiro, pelo menos duas pessoas morreram e quatro ficaram feridas numa explosão que ocorreu numa mesquita no sul das Filipinas, três dias depois do ataque atribuído ao grupo extremista Abu Sayyaf em Joló, e que foi reivindicado pelo grupo radical Estado Islâmico.

Dois homens ainda não identificados lançaram uma granada de mão na mesquita Sitio Logoy Diutay, na cidade de Zamboanga, localizada na região de maioria muçulmana.

As vítimas, líderes religiosos de outras províncias próximas que estavam de visita, encontravam-se a dormir quando a explosão ocorreu.