O número de empresas não financeiras em Portugal, atingiu as 430 mil, um aumento de 7%, entre 2013 e 2017, de acordo com um trabalho da Central de Estudos do Banco de Portugal (BdP). “Este aumento foi justificado pela evolução das microempresas, que apresentaram um crescimento acumulado de 6,3% nesse período”, avança a instituição no documento publicado no seu ‘site’.

Além disso, de acordo com os dados disponibilizados, a dimensão das empresas criadas em cada ano diminuiu entre 2013 e 2017.

“Em média, as empresas que iniciaram atividade em 2017 geraram 69 mil euros de volume de negócios e empregavam 1,7 pessoas ao serviço, menos 11 mil euros e 0,3 pessoas ao serviço do que as que iniciaram atividade em 2013”, lê-se no documento.

A dimensão média das empresas que cessaram atividade também se reduziu, sendo que, em 2017, “geraram 70 mil euros de volume de negócios e empregavam 1,8 pessoas ao serviço, menos 18 mil euros e 0,9 pessoas ao serviço” do que as que encerraram em 2013. O BdP revela ainda que todos os setores de atividade registaram um aumento do número de empresas em atividade, no período em análise, com exceção da construção, em que as sociedades se reduziram em 4,3%.

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“A agricultura e pescas apresentou o maior crescimento no período analisado (31,3%), seguindo-se os outros serviços (13,2%)”, de acordo com o estudo.

As regiões mais dinâmicas foram o Norte e a Área Metropolitana de Lisboa, “com um crescimento acumulado de 7,0% do número de empresas em atividade no período em análise (contributos de 2,9 pontos percentuais e 2,0 pontos percentuais, respetivamente)”, realça o BdP.

A instituição analisa ainda a taxa de sobrevivência das empresas e conclui que, das que iniciaram a sua atividade em 2013, 74% permaneciam abertas em 2017, ou seja, ao fim de quatro anos de atividade. “A área metropolitana de Lisboa registava as menores taxas de sobrevivência: das empresas criadas em 2013 nesta região, 70% sobreviveram ao fim de quatro anos de atividade”, de acordo com o relatório.

O estudo do BdP debruça-se também sobre as empresas de elevado crescimento (EEC), sobretudo as que têm até cinco anos de atividade, conhecidas como gazelas. Das 430 mil sociedades a operar em Portugal, cerca de 21 mil eram EEC, e destas, 4,4 mil estavam classificadas como gazelas.

“Quando considerado o conjunto das EEC, as gazelas representavam 21% do número de empresas, 11% do volume de negócios e 16% do número de pessoas ao serviço”, detalha o relatório. Ainda assim, a relevância deste tipo de sociedade no universo das EEC diminuiu face a 2013, garante o BdP.

“Em 2017, metade das empresas nacionais registou uma variação anual do volume de negócios inferior a 6%, enquanto metade das empresas classificadas como gazelas evidenciou uma variação anual do volume de negócios superior a 21%”, refere a instituição. A análise da Central de Estudos tem por base dados recolhidos através da Informação Empresarial Simplificada (IES).