O antigo médico de Donald Trump na Casa Branca, Ronny Jackson, vai assumir as funções de assistente do Presidente americano e conselheiro médico chefe, noticiou a CNN.

Esta designação chega menos de um ano depois de o contra-almirante Jackson ter sido excluído da nomeação de Donald Trump para Secretário dos Assuntos dos Veteranos. Em causa estão acusações de comportamento abusivo com os colegas, prescrição incorreta de medicamentos e de estar frequentemente embriagado.

O “Candyman”, como era apelidado por alguns colegas, tem uma longa lista de acusações (ainda não provadas), como revela o jornal The Washington Post. Ronny Jackson é suspeito de:

  • Prescrever medicamentos a si próprio e de manter um stock de medicamentos que, supostamente, são sujeitos a controlo rigoroso;
  • Passar receitas de medicamentos que os colegas recusaram fazer;
  • De dar medicamentos sujeitos a controlo apertado sem fazer o devido acompanhamento do doente e sem ter registo dos medicamentos dispensados;
  • Recorrer a outro fornecedor de medicamentos, que não o fornecedor oficial.

O médico, que também trabalhou para George W. Bush e Barack Obama na Casa Branca, rejeita as acusações, mas continua a ser investigado pelo Pentágono por, alegadamente, ter tido comportamentos inadequados. Em virtude das acusações, a Casa Branca disse ter conduzido uma investigação aprofundada e não ter encontrado nenhuma evidência de que fosse verdade, refere o jornal The Washington Post.

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O documento a que o jornal The Washington Post descreve Jackson como: “a pessoa com mais falta de ética com quem alguma vez trabalhei”, “mau temperamento a 100%”, “incapaz de não perder a paciência” e ainda explosivo, tóxico, abusivo, volátel, desperezável, desonesto, vingativo, entre muitos outros adjetivos e descrições.

Donald Trump, por sua vez, considera o médico “um dos melhores homens que alguma vez conheceu”, citou-o a CNN em abril do ano passado. Em janeiro de 2018, Ronny Jackson, que ainda era médico de Trump, disse que não tinha qualquer preocupação com as competências cognitivas do Presidente. E garantiu que Trump tinha uma “saúde excelente”, apesar de estar no limiar da obesidade e de ter um problema cardíaco.

Atualizado com as acusações citadas pelo The Washington Post