A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) suspendeu durante seis dias a licença para manutenção de aeronaves civis na OGMA — Indústria Aeronáutica de Portugal. A suspensão, segundo avança o Jornal de Negócios (edição fechada), surgiu na sequência de uma auditoria em que foram detetadas quatro não-conformidades consideradas graves. A atividade na OGMA só foi retomada na última quinta-feira, 31, apesar de, no dia seguinte à suspensão, a empresa ter feito as correções pedidas pela ANAC.

Das quatro não-conformidades duas estavam relacionadas com a arrumação de documentos, uma era relativa a um documento mal preenchido e outra consistia em divergências técnicas entre a OGMA e a ANAC. Segundo o Negócios, a suspensão de quase uma semana levou a OGMA a parar os trabalhos que estava a realizar para a companhia finlandesa Finnair.

O regulador antecipou a auditoria que tinha programado para a empresa depois do incidente de 11 de novembro, quando um avião da Air Astana chegou a ponderar a amaragem depois de o piloto perder completamente o controlo da aeronave que tinha acabado de sair dos estaleiros da OGMA. O regulador não assume, porém, a relação entre o incidente e a auditoria que resultou nesta suspensão de seis dias. Esse incidente de novembro está a ser investigado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários.

A OGMA é detida em 35% pelo Estado português e 65% pela Embraer.

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