Desde o início do ano, nove mulheres foram mortas em contexto de violência doméstica em Portugal. Segundo noticia esta terça-feira o jornal Público, que cita dados do Observatório das Mulheres Assassinadas, “503 mulheres foram mortas em contexto de violência doméstica ou de género entre 2004 e o final de 2018”.

A última morte foi registada esta segunda-feira, depois de uma mulher de 60 anos ter sido assassinada no interior da sua residência, no Seixal, elevando o número de mulheres mortas em contexto de violência doméstica para nove só em Janeiro de 2019.

No mesmo mês do ano passado, Janeiro de 2018, o observatório da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Respostas registava menos casos – cinco mulheres assassinadas por violência doméstica. Durante todo o ano de 2018, de acordo com o Observatório das Mulheres Assassinadas, foram contabilizadas 28 mulheres mortas às mãos dos companheiros ou ex-companheiros.

Ao Público, o director do Observatório Nacional de Violência e Género, Manuel Lisboa, explicou que estes crimes “tendem a acontecer nas alturas em que o contacto entre a vítima e o agressor é maior, nomeadamente aos fins de semana e nas férias”, mas admite que o mês de Janeiro possa ser também propício a um escalar da violência, por ser a seguir ao Natal, altura em que podem aumentar as tensões familiares. Apesar disso, Elisabete Brasil, responsável do observatório, citada pelo mesmo diário, sublinha que “a violência sobre mulheres ocorre independentemente dos meses.”

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