O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) vai estar fechado de 15 de junho até 21 de outubro para obras. O museu vai ficar maior para dar novos espaços a outras formas de arte e a artistas diferentes. O presidente da instituição, Leon Black, admitiu ao New York Times que “o museu não dava importância suficiente a artistas femininas” nem ”às minorias” e que agora estava na altura de fazerem parte da realidade da sociedade multicultural em que todos vivemos”. Por isso mesmo, o MoMA vai reabrir com obras de artistas latinos, asiáticos, afro-americanos, japoneses e de outras partes do mundo. Ainda este ano, o museu cumpre o 90.º aniversário.

”Anticipation” (1961) no MoMA, de Betty Saar, artista afro-americana

O MoMA quer mostrar ao público novos trabalhos de media, escultura, arquitetura, design, fotografia. Quer também revelar performances, peças feitas com papel e pinturas de justaposição, obras que juntam dois elementos no mesmo quadro ou fotografia, à procura do contraste ideal.

Aliás, para provar que a “história da arte moderna continua”, nas palavras dos representantes do museu que falaram com o New York Times, o MoMA vai ter uma galeria em que a coleção vai ser renovada de 6 a 9 meses. Para atuações ao vivo, como dança, música e trabalhos com imagem e som, vai ser feita uma sala própria. No segundo piso vai existir um espaço para os visitantes trocarem impressões e dar ao público “uma experiência agradável” e um ambiente “confortável”, contou o diretor do MoMA, Glenn D. Lowry, ao mesmo jornal americano.

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A renovação do MoMa foi desenhada pelo estúdio americano de design Diller Scofidio + Renfro em colaboração com a firma de arquitetura e design Gensler. O ”novo” museu vai incluir um espaço adicional do Museu de Arte Popular Americana, o que vai permitir “expandir o conhecimento”, disse o diretor do MoMA.

O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque foi fundado em 1929. Faz 90 anos a 7 de novembro

Lowery garantiu que o fecho de portas para obras não vai gerar prejuízo, uma vez que o museu recebeu investimentos nos últimos meses na ordem dos ”100 milhões de dólares (mais de 87 milhões de euros) de David Geffen”, empresário e produtor de media, música e cinema um americano magnata e produtor de filmes e ”mais de 200 milhões de dólares (mais de 174 milhões de euros) como legado de David Rockefeller”, o filantropo e banqueiro que morreu há 2 anos.

Após concluídas as mudanças, o MoMA vai passar a abrir meia hora mais cedo, às 10:0o horas, e a fechar mais tarde, às 21:00 horas.