A próxima reunião dos chefes de Estado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai realizar-se em Londres, em dezembro deste ano, anunciou esta quarta-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg. A reunião deverá contar com a presença do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem dirigido múltiplas críticas à aliança transatlântica, tendo mesmo já aludido a uma eventual saída da aliança.
“Estamos gratos ao Reino Unido por aceitar receber esta reunião no ano do 70.º aniversário da NATO. Londres foi a casa do primeiro quartel-general da NATO. O Reino Unido foi um dos 12 membros fundadores da aliança e continua a ter um papel fundamental na aliança, dando contributos essenciais para a nossa segurança partilhada”, escreveu Jens Stoltenberg no comunicado em que anunciou a localização da nova reunião.
“O encontro em Londres vai ser uma oportunidade para os chefes de Estado e de governo dos aliados se debruçarem sobre os desafios de segurança que enfrentamos hoje e no futuro, e para assegurar que a NATO continua a adaptar-se de modo a manter a sua população de quase mil milhões de pessoas em segurança”, disse ainda Stoltenberg.
The next meeting of #NATO Heads of State and Government will take place in London in December. It is the ideal setting to mark 70 years of transatlantic cooperation, as the home of NATO's first HQ back in 1949. Grateful to UK for hosting: https://t.co/boWxVq0YUo
— Jens Stoltenberg (@jensstoltenberg) February 6, 2019
Num comunicado de imprensa citado pelo jornal britânico The Guardian, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, também sublinhou que o Reino Unido é um dos membros fundadores da NATO e mostrou-se “muito satisfeita” pelo facto de a próxima cimeira decorrer em Londres. “A reunião de dezembro é uma oportunidade importante para determinar os passos que temos de dar agora, para modernizar a aliança e assegurar o seu sucesso contínuo”, disse May.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem deixado duras críticas aos países membros da NATO por não pagarem o suficiente para as despesas comuns da aliança em defesa. Na cimeira de julho do ano passado, em Bruxelas, Trump mostrou-se desagradado por os EUA estarem “a pagar pela proteção da Europa” e exigiu aos aliados que consagrassem 4% do Produto Interno Bruto para gastar em defesa até 2024.
Antes da cimeira, Trump escreveu uma carta aos líderes dos países que não atingem a meta dos 2% do PIB exigida pela aliança — entre eles Portugal. “Há uma frustração crescente nos Estados Unidos com o facto de alguns aliados não terem assumido as responsabilidades como prometeram”, escreveu Trump.
Esta será a segunda visita de Donald Trump ao Reino Unido após a eleição como presidente dos EUA. De acordo com a Sky News, da última vez, o país gastou cerca de 8 milhões de libras (cerca de 9,1 milhões de euros) em recursos policiais para garantir a segurança do Presidente norte-americano.