A próxima reunião dos chefes de Estado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai realizar-se em Londres, em dezembro deste ano, anunciou esta quarta-feira o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg. A reunião deverá contar com a presença do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem dirigido múltiplas críticas à aliança transatlântica, tendo mesmo já aludido a uma eventual saída da aliança.

“Estamos gratos ao Reino Unido por aceitar receber esta reunião no ano do 70.º aniversário da NATO. Londres foi a casa do primeiro quartel-general da NATO. O Reino Unido foi um dos 12 membros fundadores da aliança e continua a ter um papel fundamental na aliança, dando contributos essenciais para a nossa segurança partilhada”, escreveu Jens Stoltenberg no comunicado em que anunciou a localização da nova reunião.

“O encontro em Londres vai ser uma oportunidade para os chefes de Estado e de governo dos aliados se debruçarem sobre os desafios de segurança que enfrentamos hoje e no futuro, e para assegurar que a NATO continua a adaptar-se de modo a manter a sua população de quase mil milhões de pessoas em segurança”, disse ainda Stoltenberg.

Num comunicado de imprensa citado pelo jornal britânico The Guardian, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, também sublinhou que o Reino Unido é um dos membros fundadores da NATO e mostrou-se “muito satisfeita” pelo facto de a próxima cimeira decorrer em Londres. “A reunião de dezembro é uma oportunidade importante para determinar os passos que temos de dar agora, para modernizar a aliança e assegurar o seu sucesso contínuo”, disse May.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem deixado duras críticas aos países membros da NATO por não pagarem o suficiente para as despesas comuns da aliança em defesa. Na cimeira de julho do ano passado, em Bruxelas, Trump mostrou-se desagradado por os EUA estarem “a pagar pela proteção da Europa” e exigiu aos aliados que consagrassem 4% do Produto Interno Bruto para gastar em defesa até 2024.

Antes da cimeira, Trump escreveu uma carta aos líderes dos países que não atingem a meta dos 2% do PIB exigida pela aliança — entre eles Portugal. “Há uma frustração crescente nos Estados Unidos com o facto de alguns aliados não terem assumido as responsabilidades como prometeram”, escreveu Trump.

Esta será a segunda visita de Donald Trump ao Reino Unido após a eleição como presidente dos EUA. De acordo com a Sky News, da última vez, o país gastou cerca de 8 milhões de libras (cerca de 9,1 milhões de euros) em recursos policiais para garantir a segurança do Presidente norte-americano.