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EUA. Mulher que acusa Justin Fairfax diz que foi forçada a fazer sexo oral

Este artigo tem mais de 5 anos

Vanessa Tyson contou como tudo começou com beijos consensuais num quarto de hotel e acabou num caso de abuso sexual por parte do vice-governador da Virgínia, durante a Convenção Nacional Democrática.

Justin Fairfax, político americano e 41º vice-governador da Virgínia desde 2018
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Justin Fairfax, político americano e 41º vice-governador da Virgínia desde 2018

AFP/Getty Images

Justin Fairfax, político americano e 41º vice-governador da Virgínia desde 2018

AFP/Getty Images

A mulher que acusa o vice-governador norte-americano Justin Fairfax de abuso sexual já testemunhou, através de uma declaração emitida por uma empresa de advocacia, noticia o The New York Times. Vanessa C. Tyson, que se identificou na passada quarta-feira, explicou o que aconteceu no seu encontro com o político em 2004, na Convenção Nacional Democrática dos Estados Unidos, quando o que começou com beijos, acabou num episódio de sexo oral forçado.

Justin Fairfax, acompanhado dos seus advogados, já negou as acusações e afirma que não existem provas concretas do sucedido para suportar a alegação.

Vanessa C. Tyson é uma professora de política e especialista em história negra na Scripps College, na Califórnia. Para além disso, defendeu durante vários anos os direitos dos vítimas de abuso sexual, e já falou abertamente sobre como foi violada pelo pai quando era criança.

“O que começou como beijos consensuais rapidamente passou a abuso sexual”, diz Vanessa, descrevendo o encontro que teve com o vice-governador da Virginia num quarto de hotel.  “O Sr. Fairfax pôs a sua mão atrás do meu pescoço, e forçadamente puxou a minha cabeça para as suas virilhas. Só aí é que reparei que já tinha desapertado o cinto, a braguilha, e tirado o pénis”.

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Na noite de quarta-feira, Bobby Scott, congressista democrata da Virgínia, afirmou que Vanessa já lhe tinha falado do caso de abuso sexual contra o político há um ano. Numa declaração, o democrata disse conhecer e ser amigo da professora há uma década, e que esta “merece uma oportunidade para a sua história ser ouvida”. Confirmou também que no fim de dezembro de 2017, ou início de janeiro de 2018, Vanessa já tinha falado do abuso sexual de Justin Fairfax ao Washington Post.

Também Nadia E. Brown, cientista política na Universidade de Perdue, na Indiana, conta que a professora já lhe contara o sucedido em 2018, quando trabalhavam juntas num grupo de académicos que lutavam contra este tipo de crime.

Para além de negar as acusações, Justin Fairfax terá usado palavras obscenas para descrever Vanessa Tyson, durante uma reunião privada do Senado, disse a NBC News. Quando questionado sobre as expressões escolhidas, o vice-governador respondeu através do seu chefe de equipa, Larry Roberts. Este argumentou que Fairfax recorrera a um palavrão — mas não o que foi noticiado pela NBC News — para descrever a irritação que todo o caso lhe provocou e não para aludir à professora.

Durante a tarde de quarta-feira o vice-governador divulgou ainda uma declaração na qual afirmava “ser doloroso” ler o que tinha sido escrito sobre ele, negando novamente todo o caso. “Eu levo esta situação muito a sério, e continuo a acreditar que a sra. Tyson deve ser tratada com respeito”, disse Fairfax, refutando, no entanto, a descrição feita por Vanessa

Governador da Virginia pede desculpa após escândalo racial revelado pelo seu livro de curso

A declaração da professora surge no seguimento dos escândalos raciais que envolvem o atual governador da Virgínia, Ralph Northam, que podem levar à sua demissão e, como consequência, à provável subida de Justin Fairfax a governador.

“Eu não falei sobre o assunto durante anos, e (como a maior parte dos sobreviventes a casos de abusos) suprimi essas memórias e emoções como uma forma necessária para continuar os meus estudos, e seguir o meu objetivo de construir uma carreira de sucesso enquanto académica”, escreveu Vanessa Tyson. Mas, contou, em outubro de 2017, uma foto de Fairfax acompanhada de um artigo sobre a sua campanha para ser vice-governador da Virgínia fez com que voltassem todas as memórias traumáticas e sentimentos de humilhação que sentiu em 2004. E agora, que o poder político do democrata, o único negro nos últimos 30 anos a ocupar o lugar de vice-governador, pode crescer, Vanessa decidiu fazer uma declaração.

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