O atual chefe do governo e da junta militar e a filha do rei são candidatos ao cargo de primeiro-ministro nas primeiras eleições desde que os militares tomaram o poder num golpe de Estado em 2014. Os partidos vão a votos para eleições parlamentares no dia 24 de março que irão definir o próximo primeiro-ministro do país.

Prayut Chan-o-Cha, atual primeiro-ministro e chefe da junta militar, foi o escolhido pelo partido Phalang Pracharat, já a princesa Ubolratana, de 67 anos, foi nomeada pelo partido Raksa Chart, colocando um elemento de incerteza nas eleições de março. O partido que nomeou a princesa já veio afirmar que o palácio real não vai desempenhar nenhum papel público nas eleições, nem tomará nenhum partido.

Na votação serão eleitos 500 membros do futuro parlamento da Tailândia, que por sua vez vão eleger o próximo primeiro-ministro. O decreto, assinado pelo rei Vajiralongkorn e publicado no jornal oficial da Tailândia, no início do ano, abriu caminho para o país regressar à democracia, após o golpe militar liderado pelo atual primeiro-ministro, o general Prayut Chan-ocha.

“Em 24 de março, os tailandeses vão pronunciar-se para acabar com o regime militar”, disse na semana passada o jovem milionário e chefe do novo partido de oposição “Futuro Avante”, Thanathorn Juangroongruangk. “Estas eleições devem ser livres e justas, para permitir que o país avance”, sublinhou por seu lado o líder do principal partido da oposição, Pheu Thai.

Prayuth Chan-ocha autoproclamou-se primeiro-ministro provisório, um dia depois de os militares terem tomado o poder num golpe de Estado, a 22 de maio de 2014. Desde o fim da monarquia absoluta, em 1932, a Tailândia foi palco de 19 tentativas de golpe de Estado, 12 das quais bem sucedidas.

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