Vinte e sete membros dos Guardiães da Revolução iranianos foram esta quarta-feira mortos num atentado suicida contra o autocarro que os transportava de uma missão de patrulha na fronteira, indicou o exército de elite do regime do Irão em comunicado.

O atentado ocorreu na estrada entre as localidades de Khash e Zahedan, na província de Sistão-Baluchistão, no sudeste do país, segundo a agência noticiosa oficial Irna, que antes indicara um balanço de 20 mortos.

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano garantiu esta quarta-feira que o Irão vingará o atentado contra a Guarda Revolucionária que fez pelo menos 27 mortos e 20 feridos e acusou “países da região” de apoiarem o grupo terrorista que o perpetrou.

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Os militares e os serviços secretos da nação do Irão, que não têm medo de morrer, vingarão sem dúvida o sangue destes mártires”, disse em comunicado o porta-voz do ministério, Bahram Qasemi.

O porta-voz sublinhou também que este ataque reforçará a determinação do Irão “em continuar a luta contra o terrorismo na região”, referindo-se ao apoio prestado por assessores dos Guardiães da Revolução ao regime sírio do Presidente Bashar al-Assad.

Qasemi condenou este “ato inumano” e denunciou que o grupo terrorista que reivindicou a sua autoria “conta com o apoio militar, financeiro e intelectual de alguns dos países da região”. Segundo vários meios de comunicação social iranianos, o grupo extremista Yeish al-Adl reivindicou o atentado.

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohamad Javad Zarif, escreveu na rede social Twitter: “Não é uma coincidência que o Irão tenha sido atacado pelo terrorismo no mesmo dia em que começa o circo de Varsóvia?”.

“Parece que os Estados Unidos tomam sempre as mesmas decisões erradas, mas esperam resultados diferentes”, acrescentou, referindo-se à conferência sobre segurança no Médio Oriente que hoje começou na capital da Polónia e que as autoridades iranianas consideram uma tentativa dos Estados Unidos para criar uma coligação contra o Irão.