As reclamações no setor das comunicações registadas pela Anacom ascenderam a 104 mil em 2018, mais 3% face a 2017, impulsionada pela subida de 43% das queixas no setor postal, divulgou esta quarta-feira a Autoridade Nacional de Comunicações.

Do total das reclamações registadas no regulador, 81 mil correspondiam ao setor das comunicações eletrónicas e 23 mil ao setor postal.

A Anacom adianta, em comunicado, que a subida de 3% no total das queixas registadas no ano passado “deveu-se ao crescimento de 43% das reclamações sobre o setor postal (mais 6,9 mil reclamações), já que as reclamações sobre o setor das comunicações eletrónicas diminuíram 4,5% (menos 3,9 mil reclamações)”.

Relativamente às queixas relativas ao setor das comunicações eletrónicas e apresentadas no livro de reclamações, “os três maiores operadores foram responsáveis por 96% do total de reclamações”, refere a Anacom.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A Meo (Altice Portugal) recebeu 43% do total das reclamações, seguida da NOS, com 32%, e da Vodafone, com 21%. “O número de reclamações por cada mil clientes situou-se em 4,8 para o conjunto do setor das comunicações eletrónicas, tendo-se observado o valor de 6,8 para a NOS, 4,6 para a Meo e 3,6 para a Vodafone”, acrescenta o regulador.

“Face ao ano anterior, a MEO, com 28 mil reclamações, teve um aumento de 23%, o grupo NOS, com 21 mil reclamações, um aumento de 3%, e a Vodafone, com 14 mil reclamações, um aumento de 12%”, adianta o regulador.

A operadora Nowo foi responsável por 3% das queixas, “tendo as reclamações sobre este prestador registado um decréscimo de 20%, com o número de reclamações por cada mil clientes deste prestador a atingir o valor de 11,3”.

Já entre os casos no setor postal registados no livro de reclamações, “os CTT receberam 20 mil reclamações (87,4% do total do setor postal), o que corresponde a um aumento de 36% face ao ano anterior”.

No caso das comunicações eletrónicas, os utilizadores recorreram ao livro de reclamações para reclamar principalmente sobre avarias (16%), faturação (14%) e cancelamento de serviços (10%), refere a Anacom.

“Os principais motivos das reclamações foram o atraso na entrega (17%), o extravio/atraso significativo (10%), o atendimento (9%), a falta de tentativa de entrega ao destinatário (8%) e falhas na distribuição (7%)”, conclui o regulador, no comunicado.