Cerca de 300 dirigentes, delegados e ativistas sindicais da administração pública estão esta quinta-feira concentrados em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, exigindo ao Governo que “abandone a política de baixos salários”.

A concentração, que arrancou cerca das 14h30 no Terreiro do Paço, insere-se na ação de luta convocada pela Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e pela Federação Nacional de Educação (FNE) que marcaram uma greve nacional de dois dias (dias 14 e 15 de fevereiro) para demonstrar ao Governo o descontentamento dos trabalhadores da administração pública.

Segundo o dirigente da FESAP José Abraão, a greve que está a decorrer esta quinta-feira “excedeu as expectativas”, tendo em conta o nível de adesão, que levou a que várias escolas tivessem de encerrar.

Os manifestantes preparam-se para aprovar uma resolução onde contestam “situações de grande injustiça” relacionadas com a política salarial.

Em causa está a decisão do Governo em concentrar a margem orçamental de que diz dispõe, de 50 milhões de euros, no aumento da remuneração base da função pública para os 635 euros, mantendo o congelamento dos salários dos restantes trabalhadores.

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A FESAP e a FNE “condenam o atual estado na negociação coletiva na administração pública” e exigem ainda a conclusão dos processos de revisão de carreiras.

Esta jornada de luta prossegue na sexta-feira, dia em que a Frente Comum (afeta à CGTP) também se juntará à greve nacional da função pública — a segunda desde que o atual Governo está em funções.

José Abraão acredita que esta sexta-feira vai ser “uma grande greve” que irá afetar sobretudo escolhas, hospitais, justiça, entre outros setores. Algumas autarquias também já alertaram para o efeito que a paralisação poderá ter na recolha do lixo.