Mais de 1800 crianças e adolescentes foram resgatados de trabalho infantil no Brasil, no ano passado, na sequência de auditorias fiscais realizadas pelo Ministério da Economia, informou esta sexta-feira a tutela.

Segundo dados da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho do Brasil (SIT), foram resgatados no total 1854 menores, 79% dos quais rapazes e 21% raparigas, sendo que mais de metade (54%) tinham entre 10 e 15 anos.

Os dados difundidos revelam ainda que 42% dos adolescentes resgatados tinham 16 a 17 anos e 4% das crianças tinham menos de nove anos.

Foram realizadas 7688 ações de fiscalização, sendo que os estados com maior número de menores identificados nessas condições foram Pernambuco, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

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A pasta da Economia indicou ainda que a maioria dos casos foram detetados em locais de lavagem automóvel, oficinas mecânicas e comércio de pneus, e em locais de venda de bebidas alcoólicas.

A legislação internacional define o trabalho infantil como aquele em que as crianças ou adolescentes são obrigadas a efetuar qualquer tipo de atividade económica, regular, remunerada ou não, que afete o seu bem-estar e o desenvolvimento físico, psíquico, moral e social.

O mapeamento da situação do trabalho infantil mostra que o número de trabalhadores precoces corresponde a 5% da população que tem entre 5 e 17 anos no Brasil, informa o jornal brasileiro Estadão.