Um, dois, três. O Sporting começou esta sexta-feira a anunciar a rescisão de contrato com Fredy Montero, está muito próximo de anunciar a saída a titulo definitivo de Castaignos para os suíços do Sion e deverá finalizar a arrumação do plantel com a ida de Nani, capitão de equipa, para os Estados Unidos. O destino mais provável deve ser o Orlando City, clube do ex-Sporting Oriol Rosell e do português João Moutinho. Nesta altura, segundo soube o Observador, o jogador ainda estará em Portugal, tem uma proposta tentadora para ambas as partes mas o negócio carece ainda de exames médicos e acordo entre clubes.

Sporting anuncia rescisão com Fredy Montero: colombiano tinha regressado em janeiro de 2018

A abordagem de clubes norte-americanos e da MLS a Nani não é nova: a primeira proposta e declaração de interesse no internacional português chegou a Alvalade ainda antes da abertura do mercado de inverno que encerrou no passado dia 31 de janeiro. Numa primeira instância, os rumores contavam também que um clube chinês havia perguntado por Nani – nessa altura, o Sporting decidiu congelar a saída do extremo e recusou ainda outras propostas por Bas Dost e Bruno Fernandes, entre outros. Confirmando-se a saída do jogador de 32 anos é, de certa forma, uma inversão daquilo que Nani pretendia ao regressar ao Sporting e a Portugal no verão, ainda quando os destinos da SAD leonina eram comandados por Sousa Cintra: o internacional queria voltar a Lisboa, neste que era já o segundo regresso após sair em 2007 para o Manchester United, assumir a liderança do balneário verde e branco e ficar no clube que o formou até, provavelmente, terminar a carreira.

Após assumir a braçadeira de capitão e tomar o papel de titular praticamente indiscutível no início da época, ficou de fora de uma convocatória no seguimento de um “arrufo” com o então treinador José Peseiro. Peseiro saiu e seguiu-se Marcel Keizer, que viu em Nani um líder dentro e fora de campo e voltou a apostar no extremo português na larga maioria dos onzes que escolheu. Na última semana, porém, Nani voltou a ficar de fora das opções: não joga desde o primeiro dérbi com o Benfica, a 3 de fevereiro, quando foi substituído ao intervalo. Desde aí, falhou o embate seguinte com os encarnados, para a Taça de Portugal, o jogo com o Feirense, no passado domingo, e ainda a receção desta quinta-feira ao Villarreal, a contar para a Liga Europa. Perante os rumores de que existia a possibilidade de algo se ter passado no balneário durante o intervalo do dérbi, Marcel Keizer apressou-se a garantir que Nani estava lesionado e indisponível.

No seguimento da derrota desta quinta-feira, em casa, perante o Villarreal – que colocou os leões numa posição difícil na Liga Europa –, e depois de uma semana em que o Sporting perdeu duas vezes com o Benfica em quatro dias, o clube de Alvalade parece ter escolhido esta sexta-feira para arrumar a casa e cortar gorduras no plantel. Fechou o dossier Castaignos, pendente há alguns meses; acertou a rescisão de Fredy Montero, que queria sair; e está perto de ceder Nani, capitão e um dos jogadores com o salário mais elevado. O internacional português deixa o Sporting pela terceira vez na carreira e, aparentemente, de forma derradeira: esta temporada, fez 28 jogos, marcou nove golos e conquistou uma Taça da Liga. Tudo numa ótica de começar a emagrecer a folha salarial na preparação da próxima temporada.

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