O ministro da Ciência considerou esta sexta-feira que Portugal “voltou a ter capacidade de atrair e reter” investigadores e que o país é “cada vez mais” um destino para obter formação científica, apontando a Iniciativa Quantum como exemplo.

Portugal voltou a ter capacidade de atrair e de reter investigadores e isso faz parte de participarmos cada vez mais em novas áreas de conhecimento e de promovermos instituições como o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL)”, afirmou Manuel Heitor, em Braga, onde presidiu à assinatura de um protocolo entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e aquele centro de investigação.

Segundo o ministro, Portugal é “cada vez mais” reconhecido como um país formador, apontando o último concurso para investigadores da FCT.

“Foi bem claro, a FCT abriu 500 lugares e 100 dos 500 são investigadores de todo o mundo, particularmente de França, Alemanha, Itália e Espanha que vieram para Portugal”, enumerou.

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Sobre a Iniciativa Quantum Portugal, o governante salientou que aquela é um “pequeno passo” para colocar o INL e Portugal em lugar de destaque.

O que estamos aqui a dar é um pequeno passo para atrair mais estudantes para estudarem estes fenómenos [da Física Quântica], que podem ir desde as comunicações à forma de fazer ‘software’, à forma de desenvolver produtos na área farmacêutica, é uma área nova de explorar princípios básicos da Física com diferentes aplicações”, explicou.

Para Manuel Heitor, “Portugal tem de ter capacidade para poder estar numa sociedade moderna e já deu muitos exemplos a explorar novas áreas”.

A Iniciativa Quantum Portugal quer tornar o país “competitivo e formar estudantes de doutoramento na área da ciência e tecnologia quântica”, tendo criado um programa especial constituído por 24 bolsas de doutoramento no campo da Ciência e Tecnologia Quântica, que irá ser gerido pelo Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia.

“Queremos explorar as capacidades únicas do INL a nível europeu para explorar a Física Quântica e, por isso, esta estratégia faz parte de uma outra para reforçar o INL na Europa, trazendo estudantes de todas as universidades a fazerem parte dos seus doutoramentos no INL”, acrescentou o ministro.