A Inspeção-Geral da Administração Interna está a investigar os militares da GNR que foram filmados a danificar com uma marreta um carro em que seguiam dois suspeitos de tráfico de droga. O caso remonta ao ano de 2015 mas as imagens só foram tornadas públicas este fim-de-semana.

Na sequência da detenção em 2015, os dois homens foram acusados, julgados e condenados, já que no momento em que foram detidos pela GNR transportavam com eles cerca de 16 gramas de cocaína. Estão atualmente a cumprir penas de oito e nove anos de prisão efetiva.

A divulgação do vídeo nas redes sociais fez, contudo, com que os advogados dos dois homens que seguiam na viatura tenham apresentado uma queixa-crime na Procuradoria-Geral da República.

No vídeo, é possível ver vários militares da GNR a cercarem o carro e a danificarem-no com recurso a marretas. Segundo avança o Correio da Manhã, os advogados de Aníbal Pinto e João Azevedo alegam que as imagens podem indiciar a prática de três crimes por parte das força de segurança: abuso de poder, dano com violência e ofensas à integridade física na forma qualificada.

A queixa foi apresentada contra elementos da GNR não identificados. Caberá assim ao Ministério Público identificar os militares envolvidos nesta operação e apurar se os indícios são suficientemente fortes para avançar com uma acusação.

A atuação que o IGAI estará a investigar é relativamente comum em casos de intercetações de suspeitos com historial de tentar atropelar polícias. Logo que o veículo suspeito é mandado parar, um militar salta para o capot, parte o para-brisas e, com isso, faz com que o condutor não consiga ver o suficiente para tentar seguir viagem.

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