O diretor da Escola Artística António Arroio, em Lisboa, contradiz a Parque Escolar e afirma que o estabelecimento de ensino deverá permanecer encerrado na terça-feira de manhã, considerando que “não está resolvido” o problema elétrico. A Escola Artística António Arroio, em Lisboa, encerrou esta segunda-feira devido a problemas com a eletricidade do edifício, disse à Lusa o diretor daquele estabelecimento de ensino, Rui Madeira.

“Não está resolvido o problema. Amanhã a escola não vai abrir de manhã”, disse hoje à Lusa o diretor da escola, Rui Madeira.

Questionada pela Lusa, a Parque Escolar tinha transmitido, por escrito, que o problema elétrico que levou ao encerramento da escola esta segunda-feira, pelas 13h00, “foi rapidamente sinalizado e intervencionado, estando criadas as condições para a escola reabrir” na terça-feira.

Confrontada com o facto de o diretor garantir que o problema não está resolvido, fonte da Parque Escolar reiterou à Lusa que “a escola tem condições para abrir à primeira hora da manhã”, estando a “faltar um cabo para reinstalar a energia com a potência máxima, que vai chegar ainda durante a manhã”.

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Face a esta posição, o diretor da escola voltou a veicular que o problema não está resolvido e, como tal, não tem condições para reabrir aquele estabelecimento de ensino. “Só vai haver aulas quando for certificado que a avaria está resolvida”, afirmou o diretor da escola, que contactou a Parque Escolar para efetuar essa avaliação, que ainda não estará concluída.

O professor explicou que durante o fim de semana houve “sinal de uma avaria”, tendo-se constado esta segunda-feira que não havia energia para a escola funcionar e o estabelecimento foi encerrado pelas 13h00.

“Não é um problema num setor da escola, é na alimentação principal, que se encontra na zona do edifício que não está concluída e à qual não temos acesso”, explicou, referindo-se às obras na escola que foram interrompidas em 2009.

As obras de requalificação na Escola António Arroio, da responsabilidade do programa de modernização das escolas secundárias, da empresa pública Parque Escolar, foram interrompidas em 2009, ficando a escola sem cantina, entre outras valências.

A escola onde estudaram Mário Cesariny e Júlio Pomar encontra-se degradada, com espaços em estaleiro, onde as obras foram interrompidas. Os alunos têm levado a cabo diversas formas de luta por melhores condições na escola. Em novembro passado, num protesto liderado pela associação de estudantes, comeram no chão em frente à Assembleia da República.