Israel vai enviar, na madrugada de sexta-feira, o seu primeiro aparelho para explorar a superfície da Lua, que foi financiado por fundos privados, anunciaram esta segunda-feira os responsáveis pela operação.

O lançamento da sonda, previsto para as 01h45 em Lisboa, será feito do Cabo Canaveral, nos Estados Unidos, num foguetão Falcon 9, da empresa aeroespacial norte-americana SpaceX. Inicialmente, esteve agendado para dezembro.

A alunagem do engenho, que tem quase o tamanho de uma máquina de lavar, está prevista para 11 de abril, indicaram em comunicado, citado pela agência noticiosa AFP, a organização israelita SpaceIL, principal promotora da operação, e a parceira Israel Aerospace Industries, uma das maiores empresas israelitas na área da defesa.

A sonda “Bereshit” (que significa génese em hebreu) está equipada com instrumentos para medir o campo magnético lunar e recolher dados que permitam compreender melhor a formação da Lua e que serão partilhados com a agência espacial norte-americana NASA.

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O projeto israelita custou cerca de 88 milhões de euros, verba financiada sobretudo por fundos privados, incluindo do multimilionário Morris Kahn, e foi iniciado no quadro de uma competição internacional patrocinada pela multinacional Google, que desafiava cientistas e empreendedores a colocarem um veículo robotizado em solo lunar com orçamentos mais baixos.

A missão israelita acontece depois de, em janeiro, a China ter alunado uma sonda que vai estudar, pela primeira vez, o lado oculto da Lua.

China torna-se primeiro país a alunar no lado “oculto” da Lua

Junto com a sonda “Bereshit” seguirá uma cápsula que contém discos com gravações de desenhos de crianças, canções, símbolos israelitas e textos bíblicos.