Macau tem uma estrutura laboral pobre, a população idosa aumentou e o governo deve definir políticas de quadros qualificados, recomendou esta terça-feira a Comissão de Desenvolvimento de Talentos (CTD) do território.

Um estudo do Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau, que está na base destas recomendações, verificou que “embora Macau apresente um desenvolvimento económico favorável, a estrutura sectorial é relativamente pobre” e a “reserva de quadros qualificados se encontram numa situação de escassez”.

Por essa razão, CTD aconselhou as autoridades do território a terem como referência as políticas existentes nas regiões que compõe o projeto da Grande Baía, projeto que integra Macau, Hong Kong e nove cidades da província chinesa de Guangdong, que pretende afirmar a região como metrópole mundial.

O plano de desenvolvimento deste projeto, que foi apresentado na segunda-feira pela China, já havia identificado o mesmo diagnóstico, apontando que “a estrutura económica de Macau é relativamente homogénea com recursos limitados para o desenvolvimento”, refere-se num comunicado da CTD.

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O governo de Macau deve, segundo a CTD, definir “políticas de introdução de quadros qualificados”, clarificando “as necessidades reais dos diferentes setores e quais as profissões que carecem, urgentemente, de quadros qualificados”.

Esta comissão verificou ainda o aumento da população idosa e “uma tendência de redução da população jovem” e que perante “o aumento da população residente e do número de turistas (…) a falta de recursos humanos constituí um problema social muito importante”. Macau deve, por isso, “tentar atrair mais talentos internacionais, estimular a mobilidade de talentos e evitar a situação de escassez”.