São Tomé e Príncipe e Portugal iniciam esta quarta-feira negociações para definir ações de cooperação financiadas nos 32,5 milhões de euros que restam do Programa Estratégico de Cooperação (PEC) assinado em 2016, no valor de 57 milhões de euros.

“O Programa Estratégico de Cooperação é o grande instrumento-quadro da cooperação entre Portugal e São Tomé, foi assinado em 2016, tem um pacote financeiro de mais de 57 milhões de euros, 43 por cento já está executado e portanto, agora, trata-se de, no tempo que falta para o termo do período deste PEC, ver com é que vamos concretizar diferentes iniciativas”, disse Teresa Ribeiro, esta quarta-feira à saída de um encontro com o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, iniciou esta quarta-feira uma visita de dois dias a São Tomé e Príncipe, durante a qual vai discutir com o governo são-tomense possíveis “ajustamentos e melhorias” do que resta deste programa de cinco anos.

“Temos esse relacionamento em diferentes áreas. Corre com certeza bem, tem bons resultados, mas nós podemos sempre trazer melhorias, fazer ajustamentos em função daqueles que vão sendo os desafios que aparecem”, acrescentou a governante portuguesa.

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Esta quarta-feira, primeiro dia da visita, a secretária de Estado reuniu-se com Jorge Bom Jesus, e com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Comunidades e Cooperação, Elsa Pinto, para fazer um ponto de situação sobre o relacionamento bilateral e a execução do PEC.

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação referiu também numa parceria estratégica que os dois governos já decidiram, mas que falta ser formalizada.

“A parceria estratégica já existe em termos informais, nós estamos de facto a trabalhar de uma forma tão próxima e querendo contribuir para aquilo que são os grandes desafios de São Tomé que eu diria que essa parceria estratégica já existe”, comentou.

Teresa Ribeiro considerou no entanto que “é preciso dar cobertura formal àquilo que já existe informalmente”, uma vontade, recordou, já manifestada pelo primeiro-ministro português, António Costa, e que deverá ser formalizada numa visita do chefe do Governo português ao país.

A governante portuguesa disse que estão em curso ações para que a deslocação a São Tomé do primeiro-ministro português seja concretizada ainda este ano, apesar do seu “calendário pesado”.

Há um ano, numa visita ao país, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que António Costa visitaria São Tomé até ao verão desse ano, o que não chegou a acontecer.

Segundo a governante, entre esta quarta e quinta-feira as equipas técnicas dos dois países “vão ter um conjunto de reuniões que de alguma forma permitam sintonizar as ações desenvolvidas com aquelas que são as preocupações do governo e com aqueles que são os compromissos plasmados no programa do governo”.